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Terapia da Fala

por Uma Família Dramática, em 24.10.14

Este é um tema que não conheço muito bem mas que, cada vez mais, se tem mostrado uma mais-valia para muitas crianças. Tenho uma prima que sempre foi uma criança super normal e super-hiper-mega inteligente, no entanto fala (som) como se tivesse 5 anos. É estranho um discurso tão "adulto" soar como se fosse dito por um "bebé". Quando nos apercebemos desta fragilidade comentamos com a minha tia que entrou de imediato em negação. Durante anos insistimos que procurasse um terapeuta para que ajudasse a menina, pois estava prestes a ir para o ciclo e certamente iria sofrer represálias por parte dos outros míudos, que cada vez são mais cruéis uns com os outros. Ainda assim, a minha tia não quis, até a míuda ir para o 5º ano e ter sido vítima de bulling não só psicológico como físico. Nessa altura procurou um terapeuta e assim a minha prima começou a frequentar algumas sessões. Começamos a ver algumas mudanças, mas nada de extraordinário, como é natural os resultados não se veêm de um dia para o outro. Infelizmente a minha tia tirou-a das sessões e agora com 13 anos, a míuda continua com uma voz de bebé num corpo de pré-adolescente. Fico muito triste porque sei que quem sofre, especialmente na escola, é a menina e penso que no futuro será ainda pior. 
Sei que a minha tia não o faz por mal mas ela tem imensa dificuldade em admitir que, qualquer uma das filhas dela, tenha um problema. Ás vezes penso que é tudo por uma questão de aparências. Muitas amigas do jet-set, uma profissão distinta e parece mal que as filhas tenham "problemas".

publicado às 12:39


18 comentários

De Marta Elle a 17.12.2015 às 21:56

Acredito que o factor "o que é que os outros vão pensar ?" tem algum peso nesta situação, mas acho que é mais que isso.
Conheci um miúdo que era intolerante à lactose, que é um problema sem nada de "mal", não é culpa dos pais, não acarreta estigma social, nem nada, no entanto, o pai do miúdo recusava-se a acreditar. Resultado, sempre que o miúdo ia passar o fim de semana com o pai ficava doente porque ele lhe dava laticínios.
São pais que se recusam a acreditar que os filhos têm algum problema.

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